Engenheiras dedicadas, mulheres são protagonistas nas grandes obras de infraestrutura do Paraná 10/03/2023 - 08:56

Com cargos no alto escalão, engenheiras do DER/PR estão por trás das principais obras do Governo do Estado. Janice, Elaine, Thais e Thamirys ajudam a transformar os recursos do Paraná em bens perenes para a população.

 

Em uma área historicamente marcada pela predominância masculina, são as mulheres que assumem o protagonismo por trás das principais obras de infraestrutura rodoviária do Governo do Paraná. Desde o processo de licitação até a execução dos projetos, tudo passa pelo olhar minucioso das engenheiras do alto escalão do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR).

E não são poucas obras. Nos últimos anos entraram em execução projetos em todas as regiões do Estado, como a revitalização da PRC-280 (Sudoeste), duplicação da BR-277 em Cascavel (Oeste), duplicação da PR-323 em Umuarama (Noroeste), duplicação da PR-445 (Norte), Contorno de Wenceslau Braz (Norte Pioneiro) e duplicação da Rodovia dos Minérios (RMC).

Servidora desde 2014, Janice Kazmierczak Soares, 39, é diretora técnica do DER/PR, além de coordenadora do programa estratégico de infraestrutura e logística, realizado em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Ela é quem coordena a execução, fiscalização e monitoramento de mais de 30 projetos e 40 obras rodoviárias.

Acostumada com a rotina de estar na estrada diariamente, a engenheira formada pela UFPR acompanha de perto cada passo das obras mais importantes do Paraná.

“São muitas obras e cada uma tem a sua particularidade. Para mim é um desafio muito grande porque é um trabalho de extrema relevância para nossa sociedade. Nosso objetivo é sempre entregar a obra no prazo, com a melhor execução possível. Poder ajudar as pessoas e o desenvolvimento do Paraná é muito gratificante”, explica.

“Tivemos um crescimento de mulheres na engenharia e elas estão fazendo um trabalho excelente. Tanto é que temos muitas mulheres nas equipes de coordenação e de gestão do DER do Paraná”, comemora.

A engenheira Elaine Cristina Koutton, de 47 anos, foi a primeira mulher a ser nomeada superintendente regional do DER/PR, cargo que exerceu de 2019 a 2021, nos primeiros anos da gestão do governador Carlos Massa Ratinho Junior. Atualmente é gerente de obras e serviços da área do Litoral e responsável pela fiscalização do ferry boat.

No ano passado, Elaine assumiu a presidência da comissão de fiscalização da contratação integrada da Ponte de Guaratuba. “Eu amo o que faço. É muito gratificante poder participar de uma obra tão importante e esperada para população do Paraná, principalmente para o Litoral, como é a da Ponte de Guaratuba”, diz.

Sua inspiração de seguir a Engenharia Civil partiu de uma mulher, quando ainda era adolescente. Hoje, ela ressalta a importância do DER/PR de ter mulheres em cargos do alto escalão.

“Com 15 anos, eu trabalhava no setor administrativo de uma construtora. Nessa empresa tinha uma engenheira fiscal de obras. Eu a observava e achava demais aquela mulher comandando todos aqueles homens na obra. Foi o que me inspirou. Atualmente, eu não me deparo com a questão de machismo como antigamente. Nós somos respeitadas nas obras e também ocupamos posições de liderança. Eu penso que quanto mais mulheres na profissão, melhores as obras serão executadas”, garante.

TIRANDO DO PAPEL – Quando se trata de “tirar a obra do papel”, o trabalho de Thais Koyama é fundamental. A engenheira de 33 anos é a coordenadora de licitações do DER/PR, setor que cuida de uma etapa fundamental e de alta complexidade no setor público.

Thais foi presidente da comissão da licitação da Ponte de Guaratuba, além de ter trabalhado em outras licitações importantes, como a duplicação da Rodovia das Cataratas, em Foz do Iguaçu, a duplicação do Trevo Gauchão, em Umuarama, e a revitalização da PRC-280, em Palmas, no Sul do Estado.

“É uma função de muita responsabilidade. São obras importantes para a população e com alto valor de investimento. Trabalho com seriedade e procuro dar o meu máximo. Meu objetivo é ver as obras começando”, explica Thais.

“De fato a engenharia civil é predominantemente masculina, mas é por isso que temos que demonstrar ainda mais capacidade para ocupar o nosso lugar. Para as meninas que querem seguir essa carreira, se esforcem e estudem muito. Acreditem em vocês mesmas”, afirma a coordenadora do DER/PR.

MÃOS À OBRA – A recompensa pelo esforço também move a engenheira Thamirys dos Santos Glovacki, que todas as manhãs está de pé desde às 7h na Rodovia dos Minérios. Ela é supervisora de obras de arte especiais (pontes e viadutos) da maior obra do Governo do Paraná na Região Metropolitana de Curitiba. Com apenas 33 anos, exalta, como mulher negra, as conquistas profissionais.

“Eu me tornei engenheira civil porque sempre gostei de obras, de ir para campo e atuar na prática. É uma área muito dominada por homens, ainda mais na engenharia rodoviária. Acho que sou um exemplo de estar aqui, de estar trabalhando com vários homens e sendo respeitada. Por isso eu convido todas as mulheres, e também as mulheres negras, que sonham em ser engenheira civil. Venham e se sintam acolhidas nessa profissão”, afirma a engenheira.

 

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